Um motivo de grande preocupação sempre foi a relação entre o
número de pessoas e a quantidade de recursos disponíveis para alimentá-las
e satisfazer o seu nível de consumo. Por que a população cresce tão
rápido? Seriam os recursos naturais capazes de atender aos sucessivos
crescimentos populacionais?
Para essas perguntas, diferentes respostas
foram formuladas que as chamamos de Teorias Demográficas:
Foi no século XIX essas teorias começaram a ser desenvolvidas, vamos então
conhecer um pouco sobre cada uma:
Malthusianismo
O
primeiro a ‘pensar em uma resposta’ foi Thomas Robert Malthus, para ele, o
ritmo de crescimento da população seria muito maior do que o ritmo de produção
de alimentos, então, depois de certo tempo, não haveria mais alimento para as
pessoas, condenando o futuro da humanidade.
Então,
como solução, Malthus apontava para o controle moral da população, ou seja, as
pessoas deveriam abandonar as praticas sexuais para diminuir o numero de
nascimentos e controlar o crescimento total de habitantes (vale lembrar que em
virtude de sua filiação religiosa, ele era contra a adoção de qualquer método
contraceptivo). Ele também defendia a ideia de que a população pobre era grande
responsável pelo excesso de gente no mundo, sendo necessário que cada pessoa
tivesse somente o número de filhos que pudesse criar.
Mas
o que Malthus não imaginava era que os avanços tecnológicos nos processos de
produções crescessem tanto, fazendo com que a oferta de recursos e alimentos se
ampliasse muito mais que o previsto, logo, Malthus estava errado.
Neomalthusiano
Para
os Neomalthusianos (neo significa ‘novo’), as populações (principalmente os
pobres) deveriam ter o seu índice de natalidade controlada, e para isso a
difusão dos métodos contraceptivos se tornou fundamental. Ainda hoje, utilizado
em muitos países e organizações internacionais, como a distribuição gratuita de
camisinhas e a venda de medicamentos anticoncepcionais sem a necessidade de
prescrição médica, entre outras ações.
Teoria
Reformista ou Marxista
Existem
aqueles teóricos que são totalmente contrários às ideias defendidas por Thomas
Malthus e pelos Neomalthusianos, eles são os reformistas ou marxistas. Esses teóricos construíram suas ideias a partir do que dizia o
economista e sociólogo alemão Karl Marx.
Nessa
teoria, afirma-se que o problema da fome e da miséria no mundo não é a falta de
alimentos para a população e também não é culpa do excesso de gente. Esses
problemas, na verdade, seriam causados pela má distribuição de renda e do
acesso aos bens de consumo. Em outras palavras, para os reformistas, a questão
é a desigualdade econômica, e não a falta de recursos.
Para
promover o fim da fome e da miséria ou para evitar que elas ocorram, de acordo
com essa teoria, basta que se distribua de uma forma mais democrática a renda,
através de reformas sociais que melhorem as condições de vida das populações
mais pobres. Assim, se essas pessoas tiverem melhores condições de vida, melhor
educação, saúde e outras coisas, terão maiores condições para abandonarem a
miséria. Além disso, é preciso evitar que os ricos ganhem cada vez mais e os
pobres fiquem com cada vez menos.
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Professora Neide Souza
geoevida2@gmail.com